Doce Amor*

Escrevo-te na linha infinita da falta
Da Saudade morna, presente e cálida...
Ainda é teu, tão somente teu
O primeiro momento da minha manhã...
No abrir cadenciado das pálpebras
No suspiro do corpo que se estica
Busco-te no perfume alvorecido do novo dia.
A Saudade ternamente me delata
Torno-me diáfana, prateada... criatura alada
Aproximo-me de ti em notas doces, do coração sopradas...
Na lembrança da tua voz
Desenho contornos desse meu carinhoso Amor
Numa Saudade definida, em amoroso torpor...
Abraço-me ao teu nome
Aconchego-me no traçado das tuas palavras...
Há dias como hoje em que o sentimento é único
Onde a vida só pode prosseguir
Se avisto tua presença... livre e crente, a me sorrir.
Almejo o poente das tuas dores
Os acordes dos teus desencantos
Segurar-te a mão próxima ao peito... num acalanto.
Inda que o tempo seja cruel algoz
E a distância pise nos sonhos e cale nossa voz...
Estamos atados, diluídos um no outro
Lembrados maciamente na memória dessa Saudade
Em que os dias serão sempre... sem orfandade
E nossos beijos de pupilas são toques de eterno
É doce, sublime, celestial Saudade em versos.
Amo-te.

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